"Não me importa saber se é terrível demais;
Quantas guerras terei que vencer por um pouco de paz"
(Chico Buarque)
Depois do silêncio quase constrangendor do Rio Tatuamunha, onde estive visitando o Projeto Peixe Boi, o lugar mais fantástico que visitei até agora, durante esta expedição colaborativa, foi a vista do alto da Serrinha, em Batalha-AL.
Minha alma se expôs de emoção diante daquele pôr-do-sol.
Foi naquele instante que entendi como as coisas mais belas e os momentos mais extasiantes que temos a oportunidade de viver não podem ser nossos como desejamos. Não podemos possuir as coisas, nem as pessoas, nem nos agarrar as situações que amamos. Podemos vivê-las. Apenas.
Derreternos diante da emoção do momento. Elas aparecem encantadoras e desaparecem diante dos nossos olhos e quanto mais tentamos detê-las, mais elas escorrem por entre os dedos.
Derreternos diante da emoção do momento. Elas aparecem encantadoras e desaparecem diante dos nossos olhos e quanto mais tentamos detê-las, mais elas escorrem por entre os dedos.
Só é preciso sentir. Consumar o momento. O tempo de amar sempre vai ser urgente, porque ele é súbito.
Fiquei de cara pro ar, pra beleza daquele momento.
Não agarrei, nem tentei possui-lo. Mas o registrei na memória da minha emoção, através das lentes e no amor que senti naquele instante. Um amor mais sentido que guardado.
E eu, que andava descrentes das emoções da vida, sou resgatada por um pôr-do-sol sereno, silencioso, profundo.
E o mundo inteiro pareceu pequeno diante do amor que me vi pronta pra sentir.
Já chega de digladiar com o amor, essa batalha, eu só quero vencer se puder morrer antes.
Nos braços de um bem querer.
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Ana Paula, 30.Out.2010, 18:46h. Hora de viver cada minuto com a certeza que ele é único.
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